Bert Hellinger nasceu em 16 de dezembro de 1925, em Leimen, Alemanha. Nascido em uma família católica, aos 10 anos foi enviado para a Monastério Católico escolar para estudar. Mais tarde, foi ordenado e seguiu para África como missionário.
Em 1942 foi para a guerra, onde acabou prisioneiro na Bélgica, em um campo de concentração. Conseguiu escapar e retornou para Alemanha, onde entrou na ordem dos Jesuítas. Dentro deste caminho, foi enviado para África para trabalhar como missionário nas tribos Zulus.
Permaneceu na África por 16 anos. Lá, também estudou na Universidade da África do Sul onde se formou em Educação. Durante este tempo, chegou a ser o administrador responsável por mais de 150 escolas da diocese.
Nos anos 60, entrou em contato com grupos de estudos onde começou a perceber a fenomenologia como fonte de conhecimento. Neste período ele saiu do seu trabalho como missionário e como padre.
Nos começo dos anos 70, estudou psicanálise em Viena, completando os estudos dessa vertente em Munique.
Em 73, foi para os EUA estudar com Arthur Janov a Terapia Primal. Também encontrou em Eric Berne e sua Análise Transacional algumas bases que mais tarde serviriam para o insight da Constelação Familiar.
Aos 70 anos, ainda não havia escrito nenhum dos livros que conhecemos hoje. Então, por um convite de Gunthard Weber, psiquiatra alemão, gravou e transcreveu uma série de workshops que se tornou seu primeiro livro.
Bert Hellinger nos fala que há, além do inconsciente individual e do inconsciente coletivo, um “inconsciente familar” que atua em cada membro da família. Para ele, existes 3 leis básicas que atuam ao mesmo tempo: O PERTENCIMENTO, A ORDEM E O EQUILÍBRIO.
Lei do Pertencimento:
Lei da Ordem
Lei do Equilíbrio
O resultado da observação e dos experimentos com estas leis, se transformou em um trabalho simples, direto e profundo que o próprio Bert gosta de chamar de “Ordens do Amor”. Segundo ele, onde houverem pessoas convivendo, estas 3 leis estarão atuando.
Indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2011, Hellinger tem hoje 90 anos e continua seu trabalho com as Constelações em todo o mundo. Suas obras já foram trazidas para mais de 20 idiomas. Segundo ele, quando se age de acordo com as leis, a vida flui e nossos objetivos se desenvolvem. Quando as transgredimos, a conseqüência é perda da saúde, da vitalidade, da realização e dos bons relacionamentos, assim como o fracasso nos objetivos de vida.
Durante uma constelação, o objetivo é identificar quais leis podemos inconscientemente estar transgredindo e nos recolocar na vida de uma forma que possamos respeitá-las.
Esta terapia impressiona por sua ação no nível anímico, isto é, na cura da alma, e por sua dinâmica extraordinária, em que agentes “representam” personagens familiares, “representam” profissões, “representam” empresas, “representam” imóveis, “representam” sintomas e doenças, e assim por diante.
Através de um desenho vivo e sensorial de sua Constelação pode-se, passo a passo, olhar os emaranhamentos inconscientes e chegar-se, assim, quando é possível para o cliente dar este novo passo, a uma solução nova e libertadora.
As Constelações são muito mais do que um método, elas são uma postura de vida. Quem entra em contato de forma profunda com a obra de Hellinger, se transforma e adquire um novo olhar perante a vida e os desafios que ela impõe.
(Fonte pesquisada: Instituto Ipê Roxo –textos creditados a Maria Inês Araújo Garcia Silva e Ana Garlet)